

No passado sábado o Responsável da CRECOR Paulo Coelho telefonou ao Futsal Portugal mostrando toda a sua insatisfação com as arbitragens, que alegadamente têm prejudicado a sua equipa. A quente, muitas acusações foram feitas, e o rol de visados não se fica pelos árbitros.
A arbitragem do jogo do passado fim-de-semana sofreu forte contestação por parte do responsável alegando que se verificarão situações inadmissíveis, jogadores indevidamente expulsos, dualidade de critérios, etc.
Como combinado o Futsal Portugal foi ouvir todas as partes intervenientes nesta situação.
Entrevista com Paulo Coelho
FP: Então explique o que se anda a passar?
Paulo Coelho (PC): Penso que se andam a passar coisas muito estranhas, o futsal não pode cair em desgraça como o futebol de 11, já na época passada se falava no apito dourado do futsal
FP: mas do que é que a CRECOR se queixa em concreto?
PC: Estranhamos que no derbi da Associação de futsal de Aveiro não haver nenhum árbitro da associação disponível para apitar o jogo. Queixamo-nos de sermos prejudicados, há Árbitros parciais que não utilizam critérios iguais para as duas equipas e isso tem prejudicado a CRECOR
FP: Mas tem sentido que isso tem sido intencional?
PC: Sim tenho sentido.
FP: Naturalmente a Oliveirense tem uma versão diferente.
PC: É natural que o Sr Osvaldo Pinto defenda o seu amigo
FP: No passado sábado ameaçou acabar com o futsal da CRECOR no caso de estas situações continuarem, mantém essa posição?
PC: não duvidem, errar é humano mas sempre para o mesmo lado não.
FP: Mas o que se passou noutros jogos?
PC: No jogo com o Viseu (4ª jornada CRECOR vs Viseu Futsal 2001), o Árbitro insultou-me virou-se para a bancada onde eu estava e chamou-me filho da ....
FP: Talvez o senhor estivesse a protestar, ou não?
PC: Não, nem estava a protestar.
FP: Então porque é que o árbitro teve essa atitude?
PC: Porque sabia o que estava a fazer, tendo errado durante todo o jogo, contra a CRECOR.
O responsável da CRECOR acaba dando um conselho aos dirigentes da Associação de futsal de Aveiro, “É extremamente fácil aos responsáveis resolver a situação, dêem livre acesso aos relatórios dos árbitros e os observadores que se identifiquem ao entrar no pavilhão para se saber que eles estão lá e que fazem o seu trabalho”.
Versão da Oliveirense
Naturalmente e sendo um dos visados das acusações o Futsal Portugal foi falar com o Sr Osvaldo Pinto.
FP: o que tem a dizer sobre as acusações feitas pelo Sr Paulo Coelho?
OP: Esse Sr tem a mania da perseguição, a nossa maneira de estar no futsal é diferente, não alimentamos polémicas e as criticas que fazemos são sempre construtivas.
Foi enviado para o mail do Futsal Portugal a análise do jogo e arbitragem por parte dos responsáveis da Oliveirense.
“Apesar de considerar natural e legitimo que quem se sente lesado deve manifestar a sua indignação, neste jogo em concreto e, face ao que se passou no jogo, a haver um justo vencedor, só poderia ser a Oliveirense FC.
Os jogadores e equipa técnica da CRECOR, face à forte pressão exercida pelos jogadores da casa, sempre mostraram muito nervosismo, alguma discussão entre os próprios, discussão com as primeiras decisões dos
árbitros (atitude que se arrastou durante todo o jogo) e foi com naturalidade que a Oliveirense FC chegou ao 2-0. O CRECOR reduz ainda na 1ª parte para 2-1, fruto de uma grande penalidade muito forçada, pois nasce de um remate à queima roupa que vai à mão do jogador da casa, acresce ainda que o jogador estava ligeiramente fora da área dos 6 metros.
Na 2ª parte o CRECOR empata a partida, novamente através de outra grande penalidade, mais uma vez forçada, pois o jogador da CRECOR estava pressionado por 2 adversários, ao sentir a chegada do guarda redes da casa, num gesto experiente força o contacto com mesmo.
A meu ver dos 5 livres de 10 metros que a Oliveirense FC beneficiou, e
que não os concretizou, em minha opinião, o CRECOR só tem razão de queixa num deles, que foi forçado, mas por outro lado outros dois claros ficaram por marcar.
O CRECOR empata o jogo a 3-3, a 13 segundos do fim, no único golo de
bola corrida, já que os 2 primeiros foram de grande penalidade. Em resumo, grande jogo de Futsal, 2 grandes equipas candidatas à subida, o homem do jogo foi claramente o guarda redes do CRECOR, que foi fantástico ao defender 4 livres de 10 metros, e com um punhado de grandes defesas.
Quanto ás arbitragens de outros jogos que o CRECOR se queixa não me pronunciou porque desconheço, agora no jogo de Oliveira de Azeméis o empate foi até muito lisonjeiro para o CRECOR, pois a candidata Oliveirense foi superior e acabou por perder 2 pontos muito importantes para a luta da subida”.
Versão do Árbitro do CRECOR vs Viseu Futsal 2001
Se no caso do jogo entre a Oliveirense FC vs CRECOR, pensamos que os lances polémicos resultam apenas de decisões boas ou más por parte dos árbitros, já no caso da acusação feita ao árbitro Sr Vilela que alegadamente terá insultado o responsável da CRECOR que se encontrava na bancada, somos da opinião que a ser verdade se trata de um caso grave.
Como tal tomámos a iniciativa de ligar para a APAF, com o intuito de ouvir a versão do árbitro. Ao final da tarde de ontem o Sr. Francisco Parrinha, na qualidade de dirigente da APAF, comunicou-nos que tinha falado com o Árbitro em questão que lhe comunicou que em relação ao jogo tudo se tinha passado com tranquilidade, não tinha havida expulsões nem situações de grande polémica. Quanto às acusações feitas pelo responsável da CRECOR não quis responder, diz que não tem nada que responder a dirigentes.
Notícia: Futsal Portugal